Por Eliasibe de Jesus
Este pensamento surgiu num momento em que lia entrevistas publicadas com bandas e cantores evangélicos. Falavam um pouco da sua história, trabalho e as suas influências musicais. Afinal, todo músico se espelha em alguém para adquirir conhecimento, melhorar a técnica para executar os seus instrumentos (incluindo a voz).
Em muitos sites e blogs, os músicos e cantores evangélicos escrevem que têm como influências musicais cantores, bandas e músicos seculares. E isso me deixou pensativo.
Afinal, qual é a intenção de um músico/cantor evangélico ouvir, estudar e até cantar músicas seculares? Talvez essa pergunta não possa ser respondida satisfatoriamente, pois somente Deus pode sondar os corações acerca da verdadeira intenção.
Será que a intenção é usar toda a técnica e o conhecimento musical adquiridos para louvar verdadeiramente a Deus? Ou será que é apenas para ser visto, ser elogiado, ser idolatrado, ter suas composições tocadas/cantadas em todos os lugares batendo todos os recordes de vendas e permanência no topo das paradas de sucesso, mesmo que não admitam estas intenções? É! Porque conheço pessoalmente músicos e cantores que embora digam que só querem louvar ao Senhor, na verdade só querem ser reconhecidos como virtuosos e performáticos servos do Senhor!
A música comprovadamente traz influências e mudanças nas vidas das pessoas. Ela tem o poder de afetar os pensamentos, os movimentos, as emoções, as vontades e até a saúde de um indivíduo. E para nós evangélicos, a música TEM que ser usada como uma ferramenta para edificação, transformação e adoração a Deus. E certamente não é isso que produz a música secular ou profana.
Afinal, qual seria a intenção do compositor (se é que posso chamar o cidadão de compositor!) daquela música que diz “...beber, cair e levantar...” Será que a intenção é que as pessoas procurem a mudança para suas vidas, que se arrependam das suas culpas e pecados e até mesmo adorem ao Senhor? - Ah, mas você está exagerando, Eliasibe! – você poderia me dizer - Eu, como músico cristão jamais perderia meu tempo ouvindo ou estudando estas músicas – Ok! É verdade! Talvez eu esteja exagerando. Fui ao extremo do que é música ruim e maléfica. Tudo bem!
Então, vejam o que diz uma música que tem melodia e letra aparentemente agradáveis aos nossos ouvidos e que foi composta por um artista considerado como uma referência de talento, bom gosto, genialidade e é apresentado como influência musical de muita gente, inclusive de alguns músicos evangélicos. Eu também já o admirei bastante, musicalmente falando. A música é intitulada SE. Vocês devem conhecer tanto a música como o compositor. Por favor, me perdoem por ter postado a letra da música, pois algumas frases são fortes, mas a intenção é deixá-los “chocados” mesmo. É um simples exemplo para que tenhamos idéia de como e por quem poderemos estar sendo influenciados ao executarmos/cantarmos músicas seculares.
Você disse que não sabe se não
Mas também não tem certeza que sim
Quer saber? Quando é assim
Deixa vir do coração
Você sabe que eu só penso em você
Você diz que vive pensando em mim
Pode ser
Se é assim
Você tem que largar a mão do não
Soltar essa louca, arder de paixão
Não há como doer pra decidir
Só dizer sim ou não
Mas você adora um se...
Eu levo a sério, mas você disfarça
Você me diz à beça e eu nessa de horror
E me remete ao frio que vem lá do sul
Insiste em zero a zero e eu quero um a um
Sei lá o que te dá que não quer meu calor
São Jorge por favor me empresta o dragão
Mais fácil aprender japonês em braile
Do que você decidir se dá ou não
Lendo e analisando friamente, percebe-se que o autor narra a intenção de uma pessoa que deseja manter relações sexuais com outra - e eu duvido que seja dentro do casamento - e esta outra pessoa parece dificultar toda a ação. Veja o que está embutido nesta música: prostituição ou adultério, libertinagem, lascívia, linguagem de baixo calão, e, de quebra, ainda vem a idolatria quando faz referência a São Jorge, que é reverenciado pelo catolicismo como o “Santo Guerreiro” e ao mesmo tempo no candomblé como um orixá chamado Oxóssi (na Bahia) e a Ogum no RJ, RS, PR, SP e em PE.
Continua na próxima semana!
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