SOM ANALÓGICO OU SOM DIGITAL: QUAL É O MELHOR? PARTE I

Por Eliasibe de Jesus

Em outras postagens trouxemos à lembrança algumas considerações sobre hinos antigos, hinos modernos, discos em vinil, vitrola, enceradeira, entre outras coisas. Ei! Mas não pensem que sou tão velho assim, hein? Nem tanto! É verdade que já vivi em 2 séculos diferentes...mas, vocês também...então estamos quites...hehehe....não sou do Período Jurássico, mas sou do tempo que meus pais compravam os famosos bonecos do playmobil...vai dizer que você também nunca possuiu um playmobil?

Bom! Esta semana gostaria de trazer um assunto bem interessante, visto que a maioria de nós pertence a uma geração que viveu e ainda vive a revolução tecnológica em várias áreas, bem como na área musical e fonográfica:

Qual o melhor som: analógico ou digital? Qual dos sistemas apresenta melhor qualidade (ou fidelidade) sonora? O disco em vinil ou o CD?

Não se preocupem! Não tenho a intenção de apresentar nenhuma monografia sobre o assunto, nem também quero que a leitura se torne enfadonha com muitos termos técnicos e etc. Porém, traremos algumas definições e conceitos que facilitarão o entendimento sobre o assunto.

Sempre tive curiosidade para saber por que quando ouço os discos em vinil e ouço as mesmas músicas em CDs ou DVDs, sempre percebo diferenças na qualidade dos sons. Não estou falando dos chiados e estalados produzidos pelos discos em vinil ou do som brilhante dos CDs ou DVDs. Sinto uma diferença grande na fidelidade sonora dos dois sistemas quanto à "profundidade" e "calor" dos sons. E assim, me interessei em querer entender um pouco sobre o assunto.

De forma muito sucinta quero apresentar-lhes algumas definições e o que significa um som analógico e som digital:

Afinal, o que é o som?

Em geral percebemos o som através de variações de pressão no ar que atingem nosso ouvido. É mais ou menos assim: as moléculas de oxigênio estão disponíveis no ar. Quando uma onda de som é emitida (a voz ou o som de instrumentos, por exemplo) então o que ocorre é a perturbação do meio pela onda e, como consequência, há o choque das moléculas de oxigênio uma nas outras, o que nos garante ouvir os sons produzidos.

Os sons que ocorrem no meio ou que são gerados por instrumentos musicais são geralmente complexos, pois são providos dos chamados harmônicos que podem ser entendidos de forma simples: são múltiplos das frequências fundamentais de cada som. São pequenos sons que se multiplicam a partir de um som original. Vão se multiplicando para gerar um som único.

Bom! O Som mais simples que existe é o chamado som puro e é representado por uma senóide. Este som não existe na natureza. Só pode ser gerado a partir de um sintetizador eletrônico. Possui uma velocidade de oscilação ou frequência que se mede em hertz (Hz) e uma amplitude que é medida décibeis (dB).

Calma, calma, calma! Não é uma aula de física...não se desespere! Principalmente você vestibulando!

Os sons audíveis pelo ouvido humano têm uma freqüência entre 20 Hz (som graves) até 20 kHz (sons agudos).

Os sons são usados de várias maneiras, muito especialmente para comunicação através da fala ou, por exemplo, através da música.

O que é Som Analógico?

Como já dissemos, as ondas sonoras são as oscilações do ar que vão variando ao longo do tempo de acordo com as características dos sons.

A representação gráfica mais próxima do som analógico é a figura da senóide (mostrada acima).

Assim, gravações feitas em sistemas mecânicos (vinil) e sistemas magnéticos (fitas cassete, fita de vídeo etc) conseguem emitir sons muito próximos à onda da senóide (onda perfeita e contínua). Ou seja: esses sistemas (sistemas analógicos) conseguem armazenar praticamente todas as frequências geradas pelos sons, desde as mais graves até as mais agudas.

O que é Som Digital?

É a representação digital de uma onda sonora por meio de código binário que são combinações de 0 e 1.

Assim, os sons são transformados em dados (0 e 1) durante a gravação. Os dados que vão sendo armazenados no computador são convertidos de som analógico (som natural) para dados digitais. Os programas conversores então “redesenham” a onda original utilizando os códigos binários (combinações de 0 e 1) tentando simular a mesma.

O resultado é que o som gravado é armazenado e reproduzido por mídias tipo CD, MiniDisc ou DAT através de arquivos de áudio em diversos formatos, como WAV, AIFF, MP3, OGG, entre outros.

O processo de conversão do som analógico para digital acarreta a perda de determinadas frequências. Por isso, falei daquela falta de "profundidade" e "calor" ao ouvir os dois tipos de sons. É sabido que, o som digital nunca poderá representar o som analógico de maneira plena, visto que não se consegue captar na forma digital todas as frequências (ou todos os sons) geradas inicialmente.

A figura ao lado representa os dois sistemas acima apresentados: a onda cinza é o desenho gerado por um som analógico. Perceba que é uma onda contínua e sem interrupções. Já a onda em vermelho é a representação do mesmo som no sistema digital.

Perceba que há “quebras” (batentes) no sistema digital (em vermelho) que representa o corte de algumas frequências na hora da gravação em meio digital, o que acarreta perda da percepção dessas frequências pelo ouvido humano. Daí a grande discussão acerca do que é mais fiel: som analógico ou som digital?

Na próxima semana, traremos pareceres e a conclusão sobre as vantagens e desvantagens dos dois tipos de sons.

Deus vos abençoe.

Publicado originalmente em www.mocidadecentral.blogspot.com em 05/11/2009

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